DEA – Desfibrilador externo automático disponível em locais de grande circulação de público é lei

O Desfibrilador Externo Automático, mais conhecido como DEA, deve ser implantado em locais com grande fluxo diário de pessoas, superior ou igual a 5 mil, por obrigatoriedade perante a legislação brasileira. 

O Brasil possui um alto índice de pessoas que sofrem de algum tipo de arritmia cardíaca. São 300 mil mortes súbitas por ano, conforme aponta a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC).

 

 

Pessoas que sofrem uma parada cardiorespiratória,   cada  minuto de atraso no socorro pode reduzir a probabilidade de sobrevivência em até 10%. Portanto, é altamente indicado ter um DEA a disposição e utilizá-lo o mais rápido possível, uma vez que o mesmo comandará as ações através de comandos de voz e painel indicativo sobre as ações de socorro que devem ser executadas pela pessoa leiga no local.  

 

O projeto de lei tramita na Câmara e é  um substitutivo da Câmara (SDC 23/2015) ao projeto de Lei do Senado 344/2003

Alguns locais afirmam que, a partir de circulação ou lotação de  no máximo 2 mil pessoas, o DEA  já deve ser obrigatório para o local. Outros estipulam a demanda de 4 mil pessoas. O que é unanimidade é que espaços que recebem muitas pessoas diariamente devem ter um desses equipamentos. 

Estádios de futebol, aeroportos, portos, rodoviárias, centros comerciais, shoppings centers, ginásios esportivos, academias, hotéis e demais locais que tenham grande circulação de pessoas devem disponibilizar  um DEA . 

As únicas exceções à Lei são os templos religiosos de qualquer natureza.

Além disso, de acordo com a legislação vigente no país, clínicas de estética, clínicas médicas, ambulâncias e viaturas também devem estar equipadas com um Desfibrilador Externo Automático. 

Não basta que o ambiente tenha um DEA em suas instalações, as determinações também exigem que haja funcionários treinados para fazer uso do equipamento, caso necessário. Além do uso do desfibrilador, os colaboradores do local também devem receber um treinamento básico para  técnicas de ressuscitação cardiopulmonar. 

Esses cursos são ministrados pelos bombeiros e aqui no Rio Grande do Sul, a SOCERGS – Sociedade de cardiologia do Rio Grande do Sul possui cursos de RCP.

 

 

Mas afinal, o que é um DEA?

O Desfibrilador Externo Automático (DEA) é um equipamento portátil e automático, como o próprio nome já diz. Sua função principal é reverter quadros de parada cardíaca. 

O equipamento funciona com base nas diretrizes e  protocolos de RCP da AHA – American Heart Associantion .

Através de um eletrodo conectado ao tórax do paciente o DEA detecta sinais vitais do indivíduo e arritmias cardíacas. O equipamento emite comandos de voz ao socorrista sobre o estado do paciente e instrui as ações a serem realizadas ao atendimento . A detecção de tais anomalias cardíacas é realizada através da identificação de fibrilação ventricular, este ritmo cardíaco se faz presente em cerca de 90% dos casos de parada cardíaca. O DEA trata essas anomalias através da terapia de choque elétrico emitida pelo aparelho,   fazendo  com que o coração volte a bater normalmente. Ou pelo menos retome a um ritmo razoável até a chegada a um hospital. A potência desse choque é calculada de maneira automática pelo DEA em função da impedância torácica e tipo de paciente . Nem sempre o DEA trata com terapia de choque, o equipamento  habilita o disparo somente se necessário. Em muitos casos maioria, o DEA auxilia o socorrista para a realização da massagem cardíaca  apenas, auxiliando o socorrista com base nos eletrodos instalados e sinais vitais captados  para a execução da correta compreensão torácica,  em muitos casos é o suficiente para salvar o indivíduo ou estabilizá-lo até a chegada do socorro especializado.

 

 

Quando usar e qual a importância do Desfibrilador Externo Automático

O DEA deve ser utilizado de forma rápida e imediata, caso o paciente apresente sintomas de parada cardiorrespiratória no local, principalmente quando não existe tempo de esperar pelo socorro. 

Este aparelho foi desenvolvido especialmente para atuar em situações de emergências, onde o paciente corre risco de vida. No entanto, deve ser utilizado apenas quando há extrema necessidade. 

Não é porque é um aparelho que deve estar disponível em locais de grande circulação que deve ser utilizado de forma banal. Por isso, é imprescindível o treinamento de pessoas para que estas possam saber quando devem utilizar o aparelho.

Diante de situações em que vidas correm risco, o DEA é de extrema importância já que pode fazer com que o coração do paciente volte a funcionar. O que aumenta suas chances de sobrevivência e estabiliza os pacientes até a chegada dos socorristas e a levada ao hospital.

Existe  crenças  que o DEA  serve apenas para dar choque . Isso não é verdade, pois o DEA atua com a terapia de choque apenas em casos onde são detectados pelo eletrodo a fibrilação ventricular (FV) ou Taquicardia ventricular (TV) agudas.  O DEA auxilia  o socorrista na realização do uso da massagem cardíaca com base nos protocolos de RCP definidas pela AHA, ajudando na execução mais eficiente . A terapia de choque é aplicada pelo DEA somente em casos extremos de urgência, e a uma carga controlada e segura. 

Você sabia que existem DEAs que gravam os comandos de voz e som ambiente durante o atendimento ? Assim como marcam a potência e curva de disparo do choque caso ocorra ? E isso fica registrado para fins jurídicos ou clínicos no aparelho ? 

 

 

 

Existe diferença entre o Desfibrilador Externo Automático e o manual?

Sim!

O DEA, como vimos anteriormente, é um equipamento automático que funciona com base nos protocolos da AHA, detectando através de eletrodos instalados no tórax do paciente sinais vitais,  comandando o atendimento de RCP a ser realizado pelo  socorrista leigo sobre as ações a serem tomadas . E nas terapias de choque o mesmo ajusta a carga automaticamente e comando o disparo.

O desfibrilador manual requer um médico socorrista especialista  para manuseá-lo. Afinal, sua regulagem é manual e atua apenas na terapia de choque . Cabe a esse  especialista comandar as ações de avaliação clínica do paciente e condutas de RCP, fazendo o uso da terapia de choque manual com carga definida e adequada para cada caso,  sob sua avaliação e responsabilidade.

 

É importante ressaltar que, caso o estabelecimento se enquadre nas exigências da Lei e  tenha um DEA em suas instalações . O custo de aquisição e manutenção é baixo . E você poderá fazer a diferença contribuindo no salvamento de uma ou mais vidas !

 

A Hospitalar Silvano possui versões de equipamentos  DEAs para uso em locais determinados pela legislação .

Consulte nossos equipamentos e condições comerciais .